Exportações catarinenses aos EUA caem 55,8% em novembro

Após um mês de outubro com alta de 5,2% em relação ao mesmo período de 2024, novembro terminou com um recuo de 11% nas exportações de Santa Catarina. As vendas atingiram US$ 941 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) compilados pelo observatório da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc).
A queda no comércio com os Estados Unidos foi de 55,8% no mês. Até mesmo a relação com a Argentina — que havia compensado as baixas com americanos e chineses em outubro — apresentou redução de 22,6%.
As carnes de aves e suína seguem liderando a pauta exportadora catarinense, apesar do recuo apresentado em novembro, de 0,4% e 20,9%, respectivamente. Já as vendas externas de motores elétricos caíram 9,1% no mês, as de partes de motor caíram 36,1% e as de madeira serrada tiveram retração de 21,1%, enquanto as de outros móveis cederam 25%. Entre as altas, o destaque fica para a soja, que subiu 33,8%, e para o tabaco manufaturado, que cresceu 186,5% no período.
No acumulado do ano (janeiro a novembro), o comércio exterior cresceu 3,5% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, somando US$ 11,1 bilhões. Os Estados Unidos seguem como o principal destino, apesar do recuo de 14,1% nos 11 primeiros meses. As exportações para a China caíram 9,1%, enquanto as vendas para a Argentina cresceram 19,2% no mesmo período.
Entre os principais produtos da pauta exportadora do estado em 2025, a comercialização de carne de aves cresceu 6,7% e a de carne suína avançou 8,8%. Do lado das quedas, destacam-se as exportações de soja, que recuaram 7,3%. As barreiras tarifárias (“tarifaço”) contribuíram para a queda nas vendas de motores elétricos (-11,4%), partes de motor (-24,1%), obras de carpintaria para construções (-21,2%) e madeira compensada (-5,3%).
Dos cinco principais destinos das mercadorias de SC, apenas o Chile apresentou variação positiva em novembro, com as exportações para o país aumentando 38,5%. Nas vendas para a China, a queda foi de 17,8%, e para o México, a baixa foi de 5,7%.
Matéria: Gazeta do Povo




