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Amazônia

Por que o futuro do Amazonas pode antecipar o futuro do país

A América Latina vive uma mudança de ciclo. A eleição de governos de centro-direita em países como Argentina, Equador, Paraguai e Panamá expressa uma exaustão comum: sociedades cansadas da violência, da insegurança econômica e de Estados incapazes de entregar resultados concretos. O continente volta a buscar o que deveria ser óbvio: governos que respeitam a democracia, protegem suas populações, defendem a liberdade econômica e reconhecem que o melhor desenvolvimento é o que nasce do trabalho e da responsabilidade, sem deixar ninguém para trás. O Brasil observa esse movimento enquanto enfrenta seus próprios impasses. E nenhum território revela essas tensões com tanta clareza quanto o Amazonas.

A Amazônia é, ao mesmo tempo, nossa maior vulnerabilidade e nossa maior potência. Aqui, o país precisa defender a soberania, enfrentar organizações criminosas transnacionais, reduzir desigualdades estruturais e transformar riqueza natural em prosperidade real. São mais de três mil quilômetros de fronteiras pressionadas diariamente por rotas que conectam laboratórios clandestinos andinos aos portos brasileiros, impondo ao Estado a obrigação de ser forte, presente e eficiente.

O Amazonas se tornou o território onde o Brasil terá de provar que é capaz de unir ordem e desenvolvimento; segurança e oportunidade; proteção ambiental e crescimento econômico

A rotina de quem vive nas margens do Solimões ou do Japurá não permite abstrações. Famílias lidam com o medo, jovens são disputados por facções e comunidades inteiras dependem de serviços públicos que precisam funcionar. O Amazonas se tornou o território onde o Brasil terá de provar que é capaz de unir ordem e desenvolvimento; segurança e oportunidade; proteção ambiental e crescimento econômico.

Mesmo diante desse cenário, o estado demonstra que há caminhos concretos. O avanço de estratégias de inteligência, monitoramento territorial e repressão qualificada tem mostrado que, quando o Estado age com coordenação e seriedade, o crime recua. Não resolvemos tudo, mas já ficou claro que é possível virar o jogo.

No campo econômico, a discussão exige maturidade. A Zona Franca de Manaus, tantas vezes atacada por desconhecimento, não é um privilégio regional: é uma decisão de nação. Gera empregos, move a indústria, estimula inovação e mantém a floresta em pé ao criar alternativas reais de renda, algo que nenhuma retórica substitui. Defender a Zona Franca é defender soberania, competitividade e futuro.

Em 2026, o Brasil terá diante de si uma escolha determinante. Precisará decidir se continuará prisioneiro do atraso e da divisão, ou se caminhará ao encontro do rumo que a América Latina já começa a trilhar: governos firmes na segurança, responsáveis na economia, comprometidos com a liberdade e atentos ao ser humano – não a ideologias.

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A Amazônia tem condições de liderar esse novo capítulo. Aqui se concentram nossas fronteiras mais sensíveis, nossa maior biodiversidade e parte decisiva da indústria nacional. Aqui estão o potencial da bioeconomia, da ciência de floresta em pé, da energia limpa e de um turismo sustentável que dialoga com o mundo. O que fizermos no Amazonas irradiará para o país inteiro.

A esperança que nasce deste território é uma esperança adulta: não se apoia em promessas fáceis, mas na convicção de que o Brasil pode inaugurar um ciclo de responsabilidade, trabalho e pertencimento. A Amazônia não pede favores; pede que o país a enxergue como o que ela é: o centro estratégico do século XXI. Se tivermos coragem, serenidade e visão, essa virada pode começar aqui. E pode iluminar todo o Brasil.

Tadeu de Souza é vice-governador do Amazonas.

Matéria: Gazeta do Povo

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Gabriel de Melo

Criador, fundador e locutor da Rádio Esperança e também do Blog Palavra de Esperança, tem como objetivo divulgar o evangelho de Cristo par outras pessoas através da Internet por meio dos louvores e da palavra de Deus nas mídias sociais.

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