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Castro redobra aposta contra o governo federal e diz que não aceitará críticas

O governador fluminense Cláudio Castro (PL-RJ) afirmou nesta quarta (29) que, junto de seus secretários, não aceitará críticas do governo federal sobre a megaoperação policial deflagrada na véspera e que vitimou 64 pessoas nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Pelo menos 81 pessoas foram presas integrantes do Comando Vermelho.

A crítica ocorreu um dia depois de uma troca de farpas entre ele e o ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública (MJSP), sobre o que teria sido uma falta de ajuda do governo federal em operações contra o crime organizado no estado. O governo federal rebateu afirmando que não foi informado sobre a ação da véspera.

“Vendo falas de ontem e hoje, quero deixar um recado: o governador desse estado e nenhum secretário vai ficar respondendo ministro ou secretário que queira transformar esse momento em batalha política. Todo aquele que quiser vir pra cá com o intuito de somar será bem-vindo. Os outros que querem fazer confusão e politicagem, nosso recado é: soma ou suma, não precisamos neste momento, não é o que o cidadão quer”, afirmou em uma entrevista coletiva realizada no final da manhã.

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Castro foi fortemente criticado por integrantes do governo na véspera, entre eles a ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, que afirmou a necessidade de articulação entre forças de segurança no combate ao crime organizado, defendendo a aprovação da PEC da Segurança.

O governador fluminense e outros da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são contra a medida, dizendo que é uma interferência nas prerrogativas constitucionais dos estados de gerirem a segurança pública.

Mais cedo, o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, também criticou Castro afirmando que ele “tem feito praticamente nada em relação ao contrabando de combustíveis, que é como você irriga o crime organizado”.

O governador do Rio de Janeiro confirmou que conversou com o ministro Rui Costa, da Casa Civil, na véspera para transferir líderes do Comando Vermelho para uma penitenciária federal de segurança máxima e afirmou esperar um contato nesta quarta (29) sobre uma reunião presencial possivelmente com Lewandowski e outras autoridades.

“Esperamos do governo federal um foco de integração e trabalho conjunto no Rio de Janeiro, inclusive de financiamento de nos ajudar, já que há por parte de algumas autoridades tanta preocupação [com a segurança] que nos ajudem a financiar. Todo trabalho de perícia e fiscalização da ação está completamente aberto aos órgãos de controle”, ressaltou.

Ele ainda afirmou que “mostramos ontem um duro golpe na criminalidade. Temos condições de vencer batalhas, mas essa guerra não será vencida sozinha”.

O encontro deve ocorrer à tarde, já que Lewandowski está reunido com Lula e os ministros Rui Costa, Gleisi Hoffmann, Sidônio Palmeira (Comunicação Social) e Anielle Franco (Igualdade Racial) para definir qual será a resposta do governo federal à operação fluminense que já é considerada a mais letal da história no estado.

Armadilha política e GLO

Ainda sobre não aceitar críticas do governo, Cláudio Castro classificou declarações como “armadilha”, e afirmou que “não entraremos nessa armadilha de querer polarizar ou politizar uma das maiores ações que já tivemos. Não bateremos boca com ninguém, espero que as autoridades entendam que este é um momento de união”.

Ele ainda criticou a afirmação feita por Lewandowski na terça (28) de que deveria “jogar a toalha e pedir GLO”, em referência à operação de Garantia da Lei e da Ordem, que é uma espécie de intervenção militar e que apenas o presidente da República pode decretar.

“Discordo de todos aqueles que falam que eu deveria ter pedido GLO, a gente tem que pedir ajuda. Se o instrumento deles é GLO ou não é, isso é um problema do governo federal. […] Seria um desrespeito do governador dizer pra eles qual o instrumento que eles têm que usar, assim como eles dizerem que instrumento que eu tenho que usar aqui”, disparou.

Castro ressaltou que não cabe a ele pedir um decreto de Garantia da Lei e da Ordem, e sim solicitar ajuda, integração, apoio, efetivo, equipamentos e recursos para realizar operações. O governador fluminense afirmou que esse tipo de necessidade possivelmente será discutido na reunião com o governo federal, como a criação de um comitê permanente efetivo para “diminuir a capacidade bélica e financeira dessas organizações criminosas”.

Matéria: Gazeta do Povo

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Gabriel de Melo

Criador, fundador e locutor da Rádio Esperança e também do Blog Palavra de Esperança, tem como objetivo divulgar o evangelho de Cristo par outras pessoas através da Internet por meio dos louvores e da palavra de Deus nas mídias sociais.

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