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Cidadania

Faculdade da USP rompe convênio com universidade de Israel

A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) rompeu nesta quinta-feira (23) o convênio firmado com a Universidade de Haifa, de Israel, em protesto à ofensiva militar do governo Netanyahu na Faixa de Gaza.

O conflito teve início em 7 de outubro de 2023 após um ataque terrorista do Hamas contra Israel. A decisão foi tomada durante uma congregação por 46 votos, dos 54 possíveis. A parceria entre FFLCH-USP e Haifa era válida até maio de 2026.

Em nota, representantes dos estudantes atribuíram a decisão “às denúncias de graves violações de direitos humanos cometidas pelo Estado de Israel contra a população palestina”, informou a Agência Brasil.

“O boicote acadêmico a Israel não contribui para a paz nem para mudanças políticas concretas”, avalia Daphne Klajman, mestre em diplomacia e conflito pela Reichman University. Ela acrescenta que “ao contrário, penaliza justamente aqueles que se pretende defender, já que entre os mais prejudicados estão os árabes e palestinos que vivem, estudam e trabalham em Israel”.

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“Foi uma vitória da ética sobre a omissão. A universidade pública brasileira não pode ser cúmplice de quem transforma o conhecimento em instrumento de guerra. Hoje, a FFLCH deu um passo histórico e a USP deve seguir o mesmo caminho”, disse o estudante João Conceição, representante discente da Comissão de Cooperação Internacional da FFLCH.

Klajman acredita que a medida reforça um padrão de hostilidade seletiva que, sob o pretexto de crítica política, se manifesta como antissemitismo. “O contraste é gritante quando lembramos que a mesma universidade não corta relações com países como a China, que mantém campos de detenção para milhões de uigures muçulmanos, além de impor vigilância em massa e restrições religiosas e culturais que configuram graves violações de direitos humanos”, argumenta.

Unicamp também rompeu convênio com instituições israelenses

A USP tem convênio com a Universidade de Haifa desde 2018 e a Congregação da FFLCH recomendará ao Conselho Universitário a extensão do rompimento.

Outras universidades brasileiras já romperam convênios com instituições israelenses, como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal do Ceará (UFC).

“Ao adotar medidas desse tipo, instituições como a USP não fortalecem valores de justiça, mas reproduzem práticas de exclusão que têm raízes antissemitas”, conclui Klajman.

Matéria: Gazeta do Povo

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Gabriel de Melo

Criador, fundador e locutor da Rádio Esperança e também do Blog Palavra de Esperança, tem como objetivo divulgar o evangelho de Cristo par outras pessoas através da Internet por meio dos louvores e da palavra de Deus nas mídias sociais.

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