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Obras do BRT Leste-Oeste dão nova cara ao Centro de Curitiba

Quem passa com frequência pelas avenidas Sete de Setembro e Presidente Affonso Camargo já percebe o movimento intenso de máquinas e operários. Em poucos meses, esse cenário de obras dará lugar a um moderno corredor de transporte e mobilidade urbana de Curitiba. As intervenções fazem parte das obras do BRT Leste-Oeste de Curitiba, um dos maiores empreendimentos em execução na capital e que promete redesenhar o coração da cidade, entregando eficiência de transporte e requalificação do espaço público.

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Com início em setembro deste ano, o Lote 2.3 contempla o trecho que vai da Avenida Marechal Floriano Peixoto até a Rua Zeila Moura dos Santos, nas imediações da Rodoferroviária. O projeto integra o conjunto de 22 quilômetros de corredores estruturais do BRT Leste-Oeste, que liga o Terminal Campo Comprido, na porção oeste, ao Terminal Centenário, no leste da cidade.

Segundo Marcio Teixeira, coordenador-geral da Unidade Técnico-Administrativa de Gerenciamento (Utag), responsável pela execução das obras, o trecho central das avenidas foi escolhido por sua importância simbólica e estratégica. “Do ponto de vista urbanístico, o eixo Sete de Setembro–Affonso Camargo é um dos mais emblemáticos da cidade: concentra grande circulação de passageiros e abriga equipamentos públicos relevantes, como a Rodoferroviária e a Câmara Municipal”, explica. “É também o último eixo que ainda não permitia ultrapassagens entre biarticulados, algo essencial para melhorar o desempenho do transporte.”

Mobilidade mais ágil e um Centro mais convidativo

As obras do BRT Leste-Oeste de Curitiba trazem uma série de mudanças estruturais. O pavimento em concreto rígido — o mesmo adotado em trechos do Inter 2 e do Ligeirão Norte-Sul — garante durabilidade e é preparado para receber a nova frota de ônibus elétricos. O corredor também contará com estações-tubo reformadas e ampliadas, calçadas mais largas e acessíveis, nova iluminação pública e paisagismo renovado, com o plantio de árvores e arbustos em harmonia com o entorno urbano.

Além da infraestrutura, o projeto traz ganhos diretos para o cotidiano dos passageiros. A expectativa é de aumento de 35% na velocidade média dos biarticulados, passando de 17 km/h para 23 km/h, e crescimento de 5% na demanda, superando 290 mil passageiros por dia útil. “O alargamento da pista central e o desalinhamento das estações vão permitir ultrapassagens entre os ônibus, reduzindo gargalos e intervalos de espera. O passageiro vai sentir viagens mais rápidas e horários mais previsíveis”, destaca Teixeira.

No trecho da Praça Eufrásio Correia, o projeto prevê um novo desenho paisagístico, com ampliação do passeio e criação de um pequeno calçadão urbano. A intenção é integrar melhor o transporte coletivo com o espaço público e os equipamentos culturais da região. “A requalificação vai transformar a experiência de quem passa por ali, seja a pé, de bicicleta ou de ônibus. A ideia é unir funcionalidade, conforto e identidade urbana”, resume o coordenador.

As estações-tubo Eufrásio Correia, Mariano Torres e Rodoferroviária serão completamente remodeladas. A primeira, que é ponto de integração entre três eixos estruturais — Leste/Oeste, Norte/Sul e Boqueirão — terá capacidade dobrada, novas plataformas e melhor conforto térmico. Já as outras duas estações ganharão acessos modernizados e integração ao entorno imediato.

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Ciclistas, pedestres e acessibilidade universal

Outra marca importante das obras do BRT Leste-Oeste de Curitiba é a atenção à mobilidade ativa. O projeto inclui uma ciclofaixa contínua, que vai se conectar à infraestrutura existente nas avenidas Marechal Floriano, Sete de Setembro e Mariano Torres. A sinalização e o tratamento paisagístico devem tornar o percurso mais convidativo e seguro para quem pedala pela região central.

Para os pedestres, as calçadas serão totalmente reconstruídas, com piso tátil, rampas acessíveis, travessias elevadas e mobiliário urbano padronizado, garantindo deslocamentos confortáveis e seguros. “A acessibilidade foi tratada como um princípio central do projeto, não apenas uma exigência técnica”, observa Teixeira. “Queremos que idosos, pessoas com deficiência, gestantes e famílias com carrinhos de bebê possam circular com tranquilidade.”

A requalificação também dialoga com metas ambientais da cidade. A arborização segue o plano Meio Milhão de Árvores, compromisso da atual gestão, e o pavimento rígido ajuda a reduzir emissões de CO₂, por prolongar a vida útil da via e facilitar o uso de ônibus elétricos — que já estão sendo testados em outros corredores estruturais.

Simulação mostra o novo traçado das avenidas Sete de Setembro e Affonso Camargo, com calçadas ampliadas, ciclovia e novo corredor de ônibus biarticuladosSimulação mostra o novo traçado, com calçadas ampliadas, ciclovia e novo corredor de ônibus biarticulados (Foto: Ilustração/Prefeitura de Curitiba)

As etapas e os investimentos das obras do BRT Leste-Oeste

O cronograma das obras do BRT Leste-Oeste de Curitiba foi desenhado para minimizar os impactos no tráfego e manter o transporte coletivo em funcionamento. A execução será dividida em três etapas principais. A primeira, já em andamento, ocorre na Avenida Affonso Camargo, em frente à Rodoferroviária. A segunda começará no início de 2026, na Sete de Setembro, entre a Marechal Floriano e a Travessa da Lapa. A última etapa, prevista para meados de 2026, concluirá o trecho até a Mariano Torres.

“Antes de cada nova frente de trabalho, a Prefeitura divulga planos de desvio e orientações de trânsito, para que a população possa se organizar”, afirma o coordenador da Utag. Segundo ele, o projeto foi pensado para que sempre exista uma estação próxima em operação, mesmo durante as obras.

O investimento total ultrapassa US$ 93 milhões (cerca de R$ 500 milhões), sendo US$ 75 milhões financiados pelo New Development Bank (NDB) — o banco dos BRICS — e US$ 18,75 milhões de contrapartida municipal. Os recursos fazem parte do Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba, dentro do PRO Curitiba, o maior pacote de obras da história da cidade, que soma mais de R$ 6 bilhões.

Com previsão de conclusão até dezembro de 2026, o projeto promete reposicionar o centro da cidade na dinâmica urbana curitibana. “A região da Rodoferroviária é uma das portas de entrada da capital. Com calçadas amplas, ciclovias, arborização e infraestrutura moderna, ela vai refletir o que Curitiba sempre buscou ser: uma cidade de inovação, mobilidade e bem-estar”, conclui Teixeira.

Matéria: Gazeta do Povo

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Gabriel de Melo

Criador, fundador e locutor da Rádio Esperança e também do Blog Palavra de Esperança, tem como objetivo divulgar o evangelho de Cristo par outras pessoas através da Internet por meio dos louvores e da palavra de Deus nas mídias sociais.

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