Polícia Civil do Rio diz ter prendido 20 dos 100 alvos de mandado

A Polícia Civil do Rio de Janeiro apresentou números finais da Operação Contenção, considerada a maior e mais letal da história do país. Dos 100 mandados de prisão que motivaram a operação, 20 foram cumpridos, sendo o restante das prisões em flagrante. Outras 15 pessoas que eram alvos dessas ordens judiciais morreram durante a ação.
O balanço divulgado nesta sexta-feira (31) pela Secretaria de Segurança Pública e pela Secretaria de Polícia Civil das ações na última terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, ainda confirmou o número de 121 mortes – sendo quatro de policiais.
VEJA TAMBÉM:
Prisões e mandados
Entre os alvos da operação, o principal foi Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca e apontado como o principal chefe do Comando Vermelho ainda foragido. Uma das prisões de maior destaque foi a do operador financeiro de Doca. De acordo com o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, a apreensão de HDs e outros materiais deve fortalecer as investigações sobre lavagem de dinheiro da facção.
Mortes e identificação
Apesar do estado reconhecer oficialmente 121 mortos, organizações da sociedade civil apontam que o número já ultrapassa 130. Segundo Curi, 99 corpos foram identificados até o momento — 78 tinham histórico criminal e 42 possuíam mandado de prisão pendente.
A identificação é dificultada porque ao menos 40 mortos eram de outros estados, incluindo Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Paraíba, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo.
Dos 100 mandados de prisão expedidos, 30 são do Pará. Desses, cinco resultaram em prisões, 15 em mortes e 10 continuam com os alvos foragidos.
A Operação Contenção mobilizou 2,5 mil policiais e foi marcada por intensa troca de tiros. Imagens mostram dezenas de corpos levados por moradores à Praça São Lucas, na Penha, em protesto contra a ação. O policiamento nas regiões do Complexo da Penha e do Complexo do Alemão segue reforçado, segundo o governo estadual.
Matéria: Gazeta do Povo






