Rueda crava candidatura de Moro ao governo do Paraná em meio a resistência do PP

O presidente da federação União Progressistas (União e PP), Antônio Rueda, declarou que a candidatura do senador Sergio Moro (União) ao governo do estado do Paraná é irreversível. Em vídeo publicado nesta quinta-feira (18), ele disse que Moro está preparado para a candidatura.
“Moro, você está preparado, eu tenho certeza, o [ACM] Neto fez aqui uma introdução maravilhosa. O governo do Paraná é seu, meu irmão. Escapa do raio, mas não escapa de você. Tamo junto aqui (sic.), nossa candidatura do Moro é irreversível”, disse Rueda, ao lado do senador e do vice-presidente do União Brasil.
ACM Neto iniciou sua fala reafirmando a pré-candidatura e dizendo que Moro “tem todo o apoio e respaldo do seu partido nesse projeto.” O vice-presidente ainda destacou a atuação do senador nas pautas de segurança pública.
A declaração ocorre após uma tensão entre os dois partidos que compõem a federação: no dia 8 de dezembro, a cúpula do PP se reuniu em Curitiba com seu presidente nacional e vice-presidente da federação, senador Ciro Nogueira (PP-PI). Na ocasião, decidiram por unanimidade o que Nogueira declarou aos jornalistas logo depois: “O partido no Paraná não irá homologar o nome do candidato Moro. Dos 27 estados, este é o mais importante diretório, mas é o único que ainda está tendo essa discussão.”
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Candidatura de Moro seria parte do acordo para federação
A federação foi oficializada em agosto de 2025, sob o acordo de que Moro sairia candidato pelo governo do Paraná. Apesar das negociações, o estatuto que oficializou a junção prevê que, em caso de divergências, é o presidente quem decide.
Em entrevista ao UOL News, o ex-juiz da Lava Jato admitiu que as discussões são “naturais dentro do processo político”, mas pontuou que o União Brasil garante sua pré-candidatura. “Eu creio que essas resistências do PP não se justificam, não têm nenhuma razão real de existirem e que nós vamos conseguir vencer essas resistências, principalmente porque nós temos o apoio claro do União Brasil e da sua presidência”, complementou.
Para Nogueira, ter Moro como cabeça de chapa no estado poderia prejudicar o desempenho na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e na Câmara dos Deputados. No cenário nacional, Ciro diverge da escolha do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como candidato da direita em 2026, defendendo o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para a disputa.
Matéria: Gazeta do Povo





