Com Ronaldo Fenômeno, São Paulo mira polo do tênis no Brasil

Depois de 25 anos, São Paulo recebeu um torneio WTA 250, o quarto maior nível do tênis feminino no mundo. Pode parecer pouco, mas esse evento ajudou a colocar mais uma peça na transformação da capital paulista em um polo da modalidade que está em alta com a visibilidade criada pelos tenistas Bia Haddad Maia e João Fonseca, os principais representantes brasileiros. Até mesmo o ex-jogador de futebol Ronaldo está de olho nesse esporte.
O SP Open foi realizado no Parque Villa Lobos e recebeu 57 tenistas de 21 países, que dividiram US$ 275 milhões em premiações — cerca de R$ 1,5 bilhão. No total, 33 mil pessoas assistiram às 57 partidas nos nove dias de torneio. Assim, o torneio paulistano passou a dividir o protagonismo da modalidade com o Rio de Janeiro, sede nos últimos anos do Rio Open 500, principal torneio da América do Sul no tênis masculino.
De acordo com os organizadores da competição, o sucesso deste ano fez com que a edição de 2026 já seja pensada para ser maior e parte de um crescimento do tênis na cidade e, consequentemente, no Brasil, notadamente entre as mulheres.
“Este torneio marca o renascimento do tênis feminino em São Paulo e no Brasil com um WTA”, disse o diretor do SP Open, Lui Carvalho. “Isso é um passo super importante para continuarmos nessa reconstrução do tênis feminino no que diz respeito a grandes eventos e os nossos planos que são ambiciosos para o futuro”, completou.
Ronaldo quer construir 100 quadras de tênis em São Paulo
Tradicionalmente, o tênis é um esporte que envolve grandes cifras. Para colocar o SP Open de pé, por exemplo, a organização buscou 38 patrocinadores, que garantiram a premiação bilionária. E os próximos investimentos para o tênis em São Paulo devem sair de um personagem improvável: Ronaldo Fenômeno.
Um dos maiores atacantes da história do futebol não esconde que adora o tênis. Frequentemente é visto jogando com grandes nomes da modalidade no Brasil e no mundo. E para aproveitar o momento de euforia sobre João Fonseca, admitiu que deve abrir o bolso para construir quadras e fomentar o esporte em São Paulo.
“Vamos aproveitar o hype do João Fonseca, ele tem dado uma esperança para o povo brasileiro no tênis. A gente cresceu vendo o Guga ganhando tudo e é um esporte que sempre foi elitizado. Então, queremos popularizar, levar para as comunidades e deixar um esporte mais democrático”, disse Ronaldo durante evento em setembro.
Ele afirmou que vai “investir muito” na modalidade nos próximos anos com ousadia no primeiro passo: a construção de 100 quadras. Inicialmente o plano é fazer isso em áreas ociosas do Jockey Club de São Paulo, a depender de questões jurídicas não resolvidas pela entidade do turfe.
“A gente tem uma escassez de quadra. No sul do Brasil tem muita quadra de padel. É um esporte que está pegando no mundo inteiro, crescendo muito no Oriente Médio, nos Estados Unidos e na Europa, onde já é uma grande realidade. Países como Espanha e Itália têm mais de 15 mil quadras. Eu acredito que esse esporte vai pegar [aqui no Brasil]”, aposta o ex-jogador.
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JHSF lança clube de tênis na capital paulista
O mercado imobiliário também está atento ao crescimento do tênis no Brasil. Neste mês, a JHSF anunciou o lançamento do Fasano Tennis Club, dentro do Complexo Cidade Jardim, em São Paulo. Reservado e exclusivo para membros, o espaço terá um teto de 800 sócios com valores de títulos de associação que variam entre R$ 750 mil para pessoa física, com título individual, e R$ 1,05 milhão para associação familiar.

O projeto de 25 mil metros quadrados conta com dez quadras de tênis, sendo seis cobertas, além de estrutura para outros esportes de raquete, como padel, squash e pickleball. Sem contar spa, academia, piscinas ao ar livre e coberta e espaço para crianças.
Para completar a estrutura, a JHSF também investirá em gastronomia, com um restaurante da marca Fasano e dois bares, sendo um à beira da piscina e outro com uma sala privativa para eventos fechados.
“O Fasano Tennis Club reafirma nossa visão de criar espaços que unem diferentes experiências da nossa expertise, como clubes, hotelaria e gastronomia”, afirmou o CEO da JHSF, Augusto Martins.
Matéria: Gazeta do Povo






