O governo do Rio de Janeiro enviou ao governo dos Estados Unidos, de Donald Trump, um relatório detalhando a atuação da facção Comando Vermelho em solo norte‑americano — uma ação que demonstra iniciativa estadual em repor a segurança nacional frente à inércia federal.
Ao contornar o nível federal e firmar cooperação direta com os EUA, o Estado do RJ sinaliza que o combate ao crime organizado exige articulação e protagonismo locais, especialmente quando o governo central falha em reconhecer ou tratar facções como ameaça à ordem pública.
Moraes exige da PGR parecer sobre operação no rio
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assumiu temporariamente a relatoria da ADPF 635, conhecida como “ADPF das Favelas”, que define regras para operações de segurança em favelas no Rio de Janeiro. Ele determinou que a Procuradoria‑Geral da República (PGR) se manifeste em até 24 horas sobre a petição do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), que requer monitoramento emergencial da megaoperação policial no Rio — a mais letal da história da capital fluminense, com dezenas de mortos e presos.
PT critica megaoperação no Rio
A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara criticou a megaoperação policial nos Complexo do Alemão e do Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou em 64 mortos, 81 presos e bloqueios de vias. Para os deputados petistas, a ação representa “a expressão máxima de um modelo falido e irresponsável” de segurança que resulta em mortes de civis e policiais. Eles também questionam o que chamam de uso eleitoral das operações por parte do governo estadual e defendem que avanços como a PEC da Segurança Pública sejam priorizados para garantir integração nacional e modernas diretrizes de enfrentamento ao crime organizado.
STF encerra ação penal contra Mauro Cid
O STF decretou o trânsito em julgado da ação penal contra o tenente-coronel Mauro Cid, encerrando o processo por suposta tentativa de golpe de Estado. Cid, delator do caso, havia sido condenado a 2 anos em regime aberto — a pena mais branda entre os réus do “núcleo crucial”. A PGR foi contra o perdão judicial, alegando omissões na delação. A defesa pediu a extinção da pena, argumentando que o tempo de prisão e medidas cautelares já a cumpriram. Alexandre de Moraes decidirá sobre o pedido. Outros acusados, como Bolsonaro, Braga Netto e Heleno, ainda têm embargos pendentes.
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Matéria: Gazeta do Povo
