Ouça nossa programação ao vivo 24h!

Clique aqui
STF

Avanço do poder de facções preocupa brasileiros

A crescente influência das facções criminosas no Brasil acendeu o alerta sobre o avanço do crime organizado e a omissão do Estado na garantia da lei e da ordem. Em 2025, casos como o assassinato de um ex-delegado e a operação no Rio de Janeiro mostram que o poder paralelo desafia as autoridades e impõe suas próprias regras em comunidades inteiras. Embora especialistas descartem que o Brasil seja um “narcoestado”, reconhecem que o Estado perdeu o controle sobre amplas áreas do território nacional, permitindo que facções como o PCC e o Comando Vermelho se fortaleçam explorando o tráfico, o crime digital e até negócios legais.

Pesquisadores apontam que o problema é agravado por décadas de políticas de segurança ineficazes, impunidade e por um sistema judicial leniente. O resultado é um “duopólio da violência”, no qual o Estado convive com o crime organizado, em vez de enfrentá-lo de forma firme e coordenada. Para conter o avanço das facções, analistas defendem uma política de segurança pública mais dura, com fortalecimento das polícias, controle do sistema prisional e presença efetiva do Estado em áreas dominadas pelo tráfico — em vez de debates ideológicos que enfraquecem a ação contra o crime.

Derrite desiste de equiparar facções ao terrorismo

O deputado Guilherme Derrite (PP-SP), relator do projeto de lei antifacção, decidiu retirar a proposta de equiparar facções criminosas ao terrorismo. Em vez disso, propôs a criação de uma nova legislação específica chamada “Marco Legal do Combate ao Crime Organizado”. A mudança visa evitar conflitos de competência entre a Polícia Federal e as polícias estaduais, facilitando a aprovação política e jurídica do projeto.

Apesar da retirada da equiparação com o terrorismo, o novo texto promete penas mais duras e maior controle sobre facções, incluindo regime prisional mais rígido para líderes criminosos, sem visitas presenciais e com comunicações monitoradas. O projeto também enfrenta críticas por limitar a atuação da Polícia Federal, inicialmente condicionando sua participação à autorização dos governadores. Após pressão, Derrite ajustou o texto permitindo atuação cooperativa da PF, mas ainda com restrições.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, defendeu o relator e afirmou que o substitutivo será votado em breve, destacando que o projeto será construído com diálogo entre os poderes e esferas governamentais.

Violência se torna a maior preocupação do brasileiro

A preocupação dos brasileiros com a violência disparou e se tornou a principal questão nacional, segundo pesquisa Quaest divulgada em 12 de novembro. O tema superou economia, corrupção, saúde e educação, atingindo 38% das menções — um salto em relação aos 30% de outubro e 29% de setembro. O aumento ocorre em meio ao debate sobre o PL Antifacção e após a megaoperação policial no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos.

A pesquisa também revelou que 55% dos entrevistados são contra esse tipo de operação em seus estados, enquanto 42% são favoráveis. A maioria (46%) acredita que leis mais rígidas são a melhor forma de combater a violência, enquanto 27% defendem mais educação e inclusão social. Apenas 11% apontam mais policiamento como solução.

Além disso, 73% apoiam a equiparação de facções criminosas ao terrorismo, contrariando a posição do governo. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre 6 e 9 de novembro, com margem de erro de 2 pontos percentuais.

Chiquini pede suspensão de julgamento após fala de Moraes

Durante julgamento na Primeira Turma do STF, o ministro Alexandre de Moraes interrompeu a sustentação oral do advogado Jeffrey Chiquini, que defende o tenente-coronel Rodrigo Azevedo, para questionar a ausência de uma foto do réu no dia de seu aniversário. Moraes indagou se não haveria registro feito pela esposa ou filhos, já que “todos tiram fotos no aniversário”.

Chiquini respondeu que as imagens disponíveis vieram da nuvem e de celulares de familiares, e propôs suspender o julgamento até que a Polícia Federal forneça o laudo de extração do celular do réu. Ele também denunciou adulteração de provas, citando alteração de código hash e ausência de perícia no celular, o que classificou como “fraude”. Em tom crítico, afirmou:
“Isso não aconteceu nem na Lava Jato.”

O Sem Rodeios é o programa da Gazeta do Povo, transmitido ao vivo de segunda a sexta, às 13h30, no YouTube. Com análises diretas, sem filtros e com coragem, o programa aborda os principais temas da política brasileira — um espaço de jornalismo independente que conta com o seu apoio para continuar fazendo a diferença.

Matéria: Gazeta do Povo

Mostrar mais

Gabriel de Melo

Criador, fundador e locutor da Rádio Esperança e também do Blog Palavra de Esperança, tem como objetivo divulgar o evangelho de Cristo par outras pessoas através da Internet por meio dos louvores e da palavra de Deus nas mídias sociais.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo