Presidente da CPMI do INSS defende prorrogação após operação da PF

Após a deflagração da nova fase da Operação Sem Desconto, o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), defendeu a prorrogação dos trabalhos por mais 60 dias.
“Diante da dimensão nacional e da profundidade desse esquema, afirmo que é absolutamente indispensável a prorrogação da CPMI por mais 60 dias. Somente assim será possível aprofundar as apurações, rastrear patrimônio oculto, identificar todos os responsáveis e garantir justiça plena às vítimas”, declarou o parlamentar.
O presidente ainda diz que atua “em sintonia com a condução firme, técnica e constitucional do ministro André Mendonça”, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).
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A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quinta-feira (18), 52 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão, por ordem de Mendonça. Entre os alvos estão o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e o ex-chefe de gabinete do parlamentar e agora ex-secretário-executivo do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal. Para Viana, “A prisão, nesta data, do número dois da pasta confirma que a CPMI estava correta e evidencia uma realidade alarmante.”
De acordo com a PF, Weverton “teria se beneficiado dos valores ilícitos provenientes dos descontos associativos fraudulentos, como também teria relações próximas com os integrantes da organização criminosa investigada na Operação Sem Desconto”. Já Adroaldo e seu filho estariam envolvidos em movimentações suspeitas. O ex-secretário-executivo estaria em uma planilha de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”, para recepção de propina de R$ 50 mil.
O filho de Adroaldo, Eduardo Portal, estaria atuando como intermediário nas movimentações suspeitas. A PF chegou a pedir a prisão preventiva de Weverton, mas Mendonça determinou apenas que se realizasse busca e apreensão na casa do senador. Outro integrante do governo afastado foi o diretor-executivo da Caixa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (Caixa DTVM), Heitor Souza Cunha.
Mendonça também mandou prender o programador Romeu Carvalho Antunes filho do “Careca do INSS”. O relatório aponta que Romeu estaria dando continuidade à fraude, após o “desgaste público enfrentado por seu pai”, organizando pagamentos e ocultando a origem indevida dos recursos.
A Gazeta do Povo entrou em contato com todos os citados nesta reportagem e o espaço segue aberto para manifestação.
Matéria: Gazeta do Povo





