A Bancada Cristã é muito bem-vinda

O cristianismo não leva a uma única filosofia política, e é possível termos cristãos com diferentes vieses ideológicos. Dito isso, lembro sempre da minha própria esposa que, antes de se definir como conservadora, sempre diz ser uma católica. É dessa visão que partem todas as suas conclusões sobre os principais temas políticos. E sim, acaba que ela se mostra uma sólida conservadora.
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Não é para menos: o “progressismo” tenta usurpar a mensagem cristã para sua revolução “social”. Os comunistas e os cristãos não se misturam, mas isso não impede a turma comuna de tentar forçar um casamento entre Marx e Cristo, com 99% do revolucionário e um verniz de Jesus. Comunistas devem ser excomungados da Igreja!
A esquerda tenta se aproximar os cristãos somente em época de eleição, mas está claro que enxerga no cristianismo um obstáculo ao seu projeto ‘social’. O sonho dessa esquerda é diluir o Cristianismo a uma afetação pessoal guardada para dentro de casa
O foco no indivíduo, a salvação da alma (e não da sociedade), a vida sagrada feita à imagem e semelhança de Deus, os principais ensinamentos cristãos certamente ajudam a criar uma sociedade com valores robustos, que dispensa as pautas pagãs da era moderna. Família como centro, respeito aos pais, mandamentos básicos: é difícil ser um cristão e abraçar a agenda Woke!
Por isso vejo com bons olhos o esforço de se criar uma Bancada Cristã. A proposta é apoiada por integrantes das frentes evangélica e católica, que reúnem mais de 300 deputados e que conseguiram articular, nesta quarta-feira (5), a derrubada de uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) que facilita o aborto em crianças e adolescentes.
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Os grupos religiosos argumentam que buscam um direito semelhante ao das bancadas feminina e negra, que já participam do Colégio de Líderes com status de liderança. “Mais de 80% da população brasileira é cristã. A Constituição nos garante liberdade da manifestação da fé de todas as formas”, explica o deputado Luiz Gastão.
A esquerda tenta se aproximar os cristãos somente em época de eleição, mas está claro que enxerga no cristianismo um obstáculo ao seu projeto “social”. O sonho dessa esquerda é diluir o Cristianismo a uma afetação pessoal guardada para dentro de casa, como se não tivesse ligação com as pautas debatidas pelo Congresso.
Mas o povo cristão cansou de ser tratado assim, e quer seus representantes dando voz aos principais valores cristãos no Parlamento. É impossível discutir aborto, por exemplo, sem falar da premissa da vida humana sagrada desde a sua concepção. Por isso julgo tão importante a criação dessa bancada.
Matéria: Gazeta do Povo





