A trágica contribuição do STF para a segurança pública no Rio

O caos na segurança pública no Rio de Janeiro, que culminou com a Operação Contenção desta terça-feira (28), tem suas raízes na mais alta Corte do país. Isso porque era o STF que determinava quando polícia poderia realizar operações de repressão ao crime organizado, em mais de 1.400 comunidades dominadas pelo tráfico e pela milícia. Esse poder foi requisitado pelo ministro Edson Fachin, relator da chamada “ADPF das Favelas”.
Tal determinação levou ao engessamento das operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro e durou quase cinco anos, período em que as comunidades locais padeceram e o crime organizado celebrou. E, se depender de Fachin, isso deveria continuar valendo.
Este será o ponto de partida do programa Última Análise desta quarta-feira (29). Hoje participam do programa o ex-procurador Deltan Dallagnol, o jurista André Marsiglia, o escritor Franciso Escorsim e Rodrigo Rodrigues Pimentel, ex-capitão do BOPE (Batalhão de Operações Especiais) do Rio de Janeiro.
Futuro da Operação Contenda em jogo
O programa também irá abordar quais serão os próximos capítulos da megaoperação iniciada pelo governador Cláudio Castro (PL-RJ). De um lado, o governo federal quer aprovar uma PEC da Segurança Pública, que concentra orçamento e poderes em Brasília. De outro, a oposição pretende aprovar a tipificação das facções como organizações terroristas.
Já o ministro Alexandre de Moraes convocou nesta quarta-feira (29) uma audiência para que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e a cúpula da segurança do estado expliquem a megaoperação contra o Comando Vermelho. Na audiência, marcada para a próxima segunda-feira (3), Castro “deverá apresentar as informações de maneira detalhada” sobre a ação.
Matéria: Gazeta do Povo





