O Comando Vermelho possuía seis fuzis das Forças Armadas de quatro países entre os 91 apreendidos na Operação Contenção. Quatro deles são do Exército Brasileiro e outros dois são da Venezuela. Os criminosos também tinham uma arma do Peru e outra da Argentina. A Polícia Civil avaliou os 91 fuzis apreendidos em cerca de R$ 5,4 milhões. Esse tipo de armamento, no entanto, não é o único: ao todo, a polícia apreendeu 118 armas.
A Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos da Polícia Civil do Rio de Janeiro (CFAE) disse que irá analisar o armamento. As autoridades, no entanto, já adiantam que a maioria deles é do modelo FAL (Fuzil Automático Leve). Logo após a Segunda Guerra Mundial, a empresa belga FN viu a necessidade de uma arma precisa, mas ao mesmo tempo com maior cadência de tiros e maior capacidade de armazenamento de munição. Assim surgiu o FAL.
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Arsenal também possui fuzis falsificados
Outros fuzis apreendidos possuem identificação de fabricação internacional. A polícia, no entanto, identificou que cerca de 90% deles são falsificados. A investigação ainda acredita que a maioria das armas apreendidas entrou no país pela Amazônia e pela fronteira terrestre com o Paraguai.
A Operação Contenção se iniciou com uma denúncia anônima. Nela, o denunciante falava de uma reunião da alta cúpula do Comando Vermelho, que teria como pauta a expansão da facção pela zona norte do Rio de Janeiro. Depois da denúncia, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e as polícias do estado pediram à justiça autorização para a ação. A Polícia Federal foi convidada a participar, mas rejeitou, alegando que não seria competência da corporação.
O governo do estado do Rio de Janeiro confirma 121 mortos, incluindo quatro dos 2,5 mil agentes que participaram da operação. A operação efetuou 113 prisões.
A Gazeta do Povo entrou em contato com o Ministério da Defesa, mas ainda não obtivemos retorno. O espaço segue aberto.
Matéria: Gazeta do Povo
