Ministro da Previdência diz que exonerou número 2 assim que soube de operação da PF

O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, disse que exonerou o secretário-executivo da pasta, Adroaldo Portal, assim que o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, o informou sobre a operação da Polícia Federal que cumpriu o seu afastamento e o mandado de prisão domiciliar.
“Nós fomos informados hoje cedo de mais uma fase da Operação Sem Desconto, pelo ministro Vinicius, às sete da manhã. Assim que tomamos conhecimento das medidas judiciais a respeito do nosso secretário-executivo Adroaldo Portal eu determinei imediatamente que ele fosse exonerado”, disse Wolney, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (18).
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Wolney nomeia consultor jurídico como substituto
Como substituto de Adroaldo, Wolney anunciou o consultor jurídico da pasta Felipe Cavalcante. Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e especialista em Direito do Estado, Felipe é procurador federal de carreira, tendo chefiado a procuradoria federal em Roraima e no Amapá. No último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), foi coordenador de Prevenção de Litígios e Orientação Judicial do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Agora em prisão domiciliar, Adoraldo é jornalista de formação e construiu carreira na assessoria de políticos, sobretudo do PDT. Durante o governo de Dilma Rousseff (PT), trabalhou no Ministério das Comunicações, como chefe de gabinete e secretário-executivo substituto. Um dos cargos assumidos pelo jornalista foi de chefe de gabinete do senador Weverton Rocha (PDT-MA), que também foi alvo da Polícia Federal.
“O presidente Lula me pediu para conter a crise, para cuidar dos aposentados, para estabelecer uma integridade, uma governança no ministério, é o que eu estou fazendo. Não há nenhum envolvimento do Ministério da Previdência Social nessa operação, tanto que não houve nenhuma busca, nenhuma apreensão aqui”, pontuou Wolney.
Questionado sobre por que não exonerou Adroaldo antes desta fase da operação, o ministro disse que não tinha conhecimento do envolvimento do secretário-executivo em qualquer ato ilícito.
A fraude no INSS gerou prejuízo avaliado em R$ 6,3 bilhões contra aposentados e pensionistas vítimas de descontos indevidos. De acordo com Wolney, “o presidente da República quer que traga de volta aos cofres públicos cada centavo desviado.”
A Gazeta do Povo entrou em contato com Adroaldo Portal e o espaço segue aberto para manifestação.
Matéria: Gazeta do Povo





