Senado aprova recondução de Paulo Gonet à PGR

O Senado aprovou nesta quarta-feira (12) a recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, para mais um mandato de dois anos. Foram 45 votos favoráveis e 26 contrários. A votação é secreta.
Mais cedo, ele enfrentou uma sabatina tensa na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde foi aprovado por 17 votos a 10.
Durante a sabatina, Gonet foi questionado sobre questões como anistia, foro privilegiado de autoridades, voto impresso, impeachment de ministros do STF, entre outros, mantendo uma posição sóbria nas respostas.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chegou a questionar se o PGR não tinha “nenhuma vergonha” por supostamente agir em conluio com o Supremo Tribunal Federal (STF) em “uma farsa de perseguição a pessoas inocentes”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou Gonet ao cargo pela primeira vez em 2023. Na ocasião, o procurador recebeu 23 votos favoráveis na CCJ e apenas quatro contrários. O procurador-geral da República conduziu as denúncias contra os réus da suposta tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Gonet acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de ocupar a liderança da alegada trama como o “principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito.”
“Sua liderança sobre o movimento golpista, o controle exercido sobre os manifestantes e a instrumentalização das instituições estatais, para fins pessoais e ilegais, são elementos que provam, sem sombra de dúvida, a responsabilidade penal do réu nos atos de subversão da ordem democrática”, disse o PGR nas alegações finais.
Gonet defendeu atuação da PGR em sabatina no Senado
Na CCJ, o procurador-geral da República Gonet afirmou que seu trabalho à frente da PGR é realizado com “esmero técnico-jurídico” e que o órgão não faz “denúncias precipitadas” de investigados.
Ele destacou que suas manifestações sobre os processos “se deram, invariavelmente, nos autos e sem vazamento nem comentário público algum detrimentosos à imagem e à presunção de inocência dos investigados”.
Matéria: Gazeta do Povo



