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Opinião

Como as cooperativas fortalecem o agronegócio brasileiro

Como o cooperativismo rural é um dos mais influentes no Brasil, considerando a vasta área dedicada ao agronegócio e a quantidade de oportunidades que podem ser exploradas, observo que há uma proximidade entre os perfis dos pequenos e médios produtores com os ideais cooperativistas. E posso comprovar essa hipótese ao olhar para os dados do último Censo Agropecuário, os quais indicam que 71% dos estabelecimentos rurais ligados à cooperativas pertencem à agricultura familiar.

Independentemente da área de atuação, cooperados se unem para viabilizar projetos consistentes e competitivos. No setor rural, essa colaboração gera melhores condições de trabalho, maior produtividade e, consequentemente, colheitas fartas e produtos de melhor qualidade. O propósito comum é promover o desenvolvimento regional de uma forma compartilhada. Mesmo assim, vale questionar: de que maneira outras cooperativas podem ampliar esse movimento e contribuir para o crescimento do campo?

A digitalização no setor trouxe inovações que vão desde sensores remotos até o monitoramento feito pela inteligência artificial. Elas não chegaram apenas para modernizar as plantações, mas para ampliar a capacidade humana de observar se um problema que está a quilômetros de distância pode comprometer o trabalho de anos. Esse monitoramento só é possível com conectividade de ponta.

Segundo pesquisa da Conectar Agro em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), 33% das lavouras de soja do país têm acesso às redes móveis (4G ou 5G), enquanto apenas 23% dos produtores rurais conseguem acessar à internet de qualquer lugar. O investimento em conectividade é também uma questão de segurança.

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O último Anuário do Cooperativismo registrou que existem 1.172 cooperativas agropecuárias e 264 cooperativas de infraestrutura e para que esse segundo número aumente, especialmente em telecomunicação, é preciso unir forças e contar com o apoio das operadoras de telefonia e internet. Unidos, os produtores rurais ganham escala e acesso a comodidades, como conectividade, crédito, assistência técnica e, claro, expansão de mercado.

No campo, o modelo cooperativista já se mostrou um caminho sólido, especialmente quando aliado à tecnologia e aos princípios sustentáveis da agenda ESG. Mas o potencial vai além: ao integrar cooperativas agrícolas e de infraestrutura, abrimos espaço para novas oportunidades, maior capitalização e desenvolvimento equilibrado. O faturamento de R$ 423,2 bilhões registrado pelo cooperativismo agro em 2023 é apenas um retrato do quanto essa união pode impulsionar um futuro mais competitivo e sustentável para o agronegócio brasileiro.

Igor Sigiani, formado em Direito, é diretor-presidente da Coopercompany e sócio da Starcompany e ISconecte Serviços em Telecom e Tecnologia.

Matéria: Gazeta do Povo

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Gabriel de Melo

Criador, fundador e locutor da Rádio Esperança e também do Blog Palavra de Esperança, tem como objetivo divulgar o evangelho de Cristo par outras pessoas através da Internet por meio dos louvores e da palavra de Deus nas mídias sociais.

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